Deus na Pessoa do Espírito Santo: Palavra que vivifica ! Salmos 119.49

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

É ARROGÂNCIA MANISFESTAR A CERTEZA DA SALVAÇÃO? A acusação causa perplexidade, porque a Escritura é categórica sobre a condição do cristão praticante da Palavra ser alguém salvo: “Estas coisas escrevi a vocês que creem no nome do Filho de Deus para que saibam que têm a vida eterna” (1 João 5.13).

A condição de salvo adquirida pelo crente é uma verdade objetiva; ela é dada, vem de Deus para quem recebe Jesus como seu único e suficiente Salvador. Não existe arrogância, não há no crente o sentimento de que é um ser humano mais especial que outro ao manifestar a fé no cumprimento da promessa divina. Apesar de manifestar sua convicção de salvo, o crente também é convicto que existe a necessidade sempre presente de solicitar o perdão de Deus, pois não está imune ao pecado, apenas não tem mais prazer de praticá-lo. A certeza da salvação está em Cristo e no seu sangue derramado na cruz, como preço de nossos pecados perdoados.
Belvedere -

sábado, 5 de janeiro de 2019

Evangelho Genuíno ! Não aos shows

Imagine a seguinte cena:  “Um dia de domingo, 17:00 hs, você e sua família resolvem ir a um lugar. Chegando ao destino, observa que muitas pessoas também já estavam lá, e mais pessoas estão chegando. Sons diversos no ar, sons de crianças, risadas, gargalhadas, filhos chamando os seus pais, pais “gritando” com seus filhos para terem cuidado. Há varios aromas no ar. Você encontra vários amigos, batem papo antes de começar o evento pré-anunciado. A maioria já tomou os assentos, pois foi anunciado que o evento irá começar.  As luzes se apagam, estão todos em silêncio e derepente, o fundo musical se inicia e então ouve-se: SENHORAS E SENHORES, RESPEITÁVEL PÚBLICO, O CIRCO VAI COMEÇAR….”
Bom, prefiro não continuar, pois já sabemos o restante: palhaçadas, atrações, shows de música e artes em geral, animais sendo domados, acrobacias e etc.
Mais triste é constatarmos que boa, e não toda, grande parte da igreja evangélica brasileira virou um picadeiro. Shows musicais, exorcismos em rede nacional, dinheiro, prosperidade, bênçãos, milagres, curas. A pregação expositiva, clara e limpida é deixada de lado. Na doutrina bíblica, nem se fala mais.
E se alguém tenta alertar que o circo está pegando fogo, ninguém acredita. Afinal é palhaçada, é brincadeira!! É semelhante a anetoda de um palhaço que ao perceber que o circo estava pegando fogo, correu para a cidade a fim de pedir ajuda, mas esqueceu-se que estava vestido a caráter. Aos berros, gritava: “O CIRCO ESTÁ PEGANDO FOGO, AJUDEM, AJUDEM!”. As pessoas davam risadas, gargalhadas, pois achavam que isto fazia parte do espetáculo do circo que há pouco chegara no munícipio. O desastre foi eminente!
Alguns líderes deixaram de apascentar ovelhas para entreter bodes. E as ovelhas não são alimentadas de forma correta, mas é dado a elas, pão e “circo” – veja só que ironia. E elas, acham que está tudo bem!! Maravilha.
A verdade é que não, não está tudo bem! O mais espantoso é que, em meados dos anos de 1800 já havia este problema na igreja. Abaixo reproduzo o sermão de Charles Haddon Surgeon (1834-1892) conhecido como o “Príncipe dos Pregadores”. Seu sermão entitulado “Apascentando ovelhas ou entretendo bodes” já mostrava o cenário que a Igreja de Cristo estava vivendo – e que continua até hoje. Mas muitos estão como aquela multidão, que, sendo alertada do incêndio, não deu ouvidos.
Sermão Apascentando Ovelhas ou Entretendo Bodes
Por Charles Haddon Spurgeon
Um mal acontece no arraial professo do Senhor, tão flagrante na sua impudência, que até o menos perspicaz dificilmente falharia em notá-lo. Este mal evoluiu numa proporção anormal, mesmo para o erro, no decurso de alguns anos. Ele tem agido como fermento até que a massa toda levede. O demônio raramente fez algo tão engenhoso, quanto insinuar a Igreja que parte da sua missão é prover entretenimento para o povo, visando alcançá-los. De anunciar em alta voz, como fizeram os puritanos, a Igreja, gradualmente, baixou o tom do seu testemunho e também tolerou e desculpou as leviandades da época. Depois, ela as consentiu em suas fronteiras. Agora, ela as adota sob o pretexto de alcançar as massas.
Meu primeiro argumento é que prover entretenimento ao povo, em nenhum lugar das Escrituras, é mencionado como uma função da Igreja. Se fosse obrigação da Igreja, porque Cristo não falaria dele? “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Lc.16:15). Isto é suficientemente claro. Assim também seria, se Ele adicionasse “e provejam divertimento para aqueles que não tem prazer no evangelho”. Tais palavras, entretanto, não são encontradas. Nem parecem ocorrer-Lhe.
Em outra passagem encontramos: “E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres? (Ef.4:11). Onde entram os animadores? O Espírito Santo silencia, no que se refere a eles. Os profetas foram perseguidos por agradar as pessoas ou por oporem-se a elas? Em concerto musical não há lista de mártires.”
Em segundo lugar, prover distração está em direto antagonismo ao ensino e vida de Cristo e seus apóstolos. Qual era a posição da Igreja para com o mundo? “Vós sois o sal da terra” (Mt.5:13), não o doce açúcar ! algo que o mundo irá cuspir, não engolir. Curta e pungente foi à expressão: “Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos? (Mt.8:22). Que seriedade impressionante!
Cristo poderia ter sido mais popular, se tivesse introduzido mais brilho e elementos agradáveis a sua missão, quando as pessoas O deixaram por causa da natureza inquiridora do seu ensino. Porém, eu não O escuto dizer: “Corre atrás deste povo Pedro, e diga-lhes que teremos um estilo diferente de culto amanhã; algo curto e atrativo, com uma pregação bem pequena. Teremos uma noite agradável para eles. Diga-lhes que, por certo, gostarão. Seja rápido, Pedro, nós devemos alcançá-los de qualquer jeito!”.
Jesus compadeceu-se dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca pretendeu entretê-los. Em vão as epístolas serão examinadas com o objetivo de achar nelas qualquer traço do evangelho do deleite. A mensagem que elas contêm é: “Saia, afaste-se, mantenha-se afastado!? Eles tinham enorme confiança no evangelho e não empregavam outra arma.
Depois que Pedro e João foram presos por pregar o evangelho, a Igreja reuniu-se em oração, mas não oraram: “Senhor, permite-nos que pelo sábio e judicioso uso da recreação inocente, possamos mostrar a este povo quão felizes nós somos”. Dispersados pela perseguição, eles iam por todo mundo pregando o evangelho. Eles “viraram o mundo de cabeça para baixo”. Esta é a única diferença! Senhor, limpe a tua Igreja de toda futilidade e entulho que o diabo impôs sobre ela e traze-a de volta aos métodos apostólicos.
Por fim, a missão do entretenimento falha em realizar o objetivo a que se propõe. Ela produz destruição entre os jovens convertidos. Permitam que os negligentes e zombadores, que agradecem a Deus porque a Igreja os recebeu no meio do caminho, falem e testifiquem! Permitam que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram paz através de um concerto musical. Levante-se e fale o bêbado para quem o entretenimento na forma de drama foi um elo no processo de sua conversão! A resposta é óbvia: a missão de promover entretenimento não produz convertidos verdadeiros.
O que os pastores precisam hoje, é crer no conhecimento aliado a espiritualidade sincera; um jorrando do outro, como fruto da raiz. Necessitam de doutrina bíblica, de tal forma entendida e experimentada, que ponham os homens em chamas.
Paz a todos,
Anderson Alcides.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Estudo sobre estudo : Apocalipse - Estilo e Adoração.com

O livro do Apocalipse é o último livro da Bíblia. Ele é considerado por muitos cristãos como o livro bíblico mais difícil de interpretar. De fato um estudo do livro do Apocalipse revela que seu autor usa uma linguagem predominantemente simbólica. Por isso algumas pessoas dizem descobrir códigos e enigmas dentro do livro.
Mas ao contrário do que muita gente pensa, há muito mais no livro do Apocalipse do que apenas um tipo de manual sobre o futuro. Além disso, o próprio título do livro já diz muito sobre seu principal objetivo. A palavra “Apocalipse” vem do grego Apokalypsise significa “revelação” ou “desvelamento”. Portanto, o objetivo do livro do Apocalipse é revelar ao invés de esconder. Quando ao uso de elementos simbólicos em sua narrativa, o mesmo também acontece com outros livros livros bíblicos, como Ezequiel, Daniel e Zacarias.

O autor do livro do Apocalipse

No capítulo 1 o autor do livro do Apocalipse se identifica como João. Desde o século II d.C., acredita-se que esse João se trata do apóstolo João. É verdade que existe uma critica sobre essa afirmação. Alguns estudiosos defendem a ideia de que o apóstolo João e o autor do livro do Apocalipse são pessoas diferentes.
O primeiro a levantar essa possibilidade foi Dionísio no século III d.C. Ele sugeriu isto após comparar o estilo literário do livro do Apocalipse com o Evangelho de João. Apesar dessa crítica, a opinião mais aceita, e também mais provável, é que realmente tenha sido o próprio apóstolo João quem escreveu o livro do Apocalipse.

A data do livro do Apocalipse

Existe uma discussão sobre a data em que o livro do Apocalipse foi escrito. Alguns estudiosos entendem que Apocalipse foi escrito antes de 70 d.C., entre 54 e 68 d.C., durante o governo do imperador romano Nero Cesar. Geralmente são os preteristas que adotam uma data anterior a 70 d.C., pois atribuem boa parte do livro a destruição de Jerusalém.
Outros estudiosos defendem que o livro do Apocalipse foi escrito após 70 d.C., entre 81 e 96 d.C., durante o governo de Domiciano. Esta última sugestão é a mais aceita, e provavelmente o livro do Apocalipse foi escrito na década de 90 d.C. Independentemente da data, a verdade é que o livro do Apocalipse foi escrito em um período muito difícil para os cristãos.

O contexto histórico do livro do Apocalipse

Embora a maioria das pessoas abra o livro do Apocalipse querendo enxergar apenas acontecimentos futuros, o contexto histórico do livro é muitíssimo importante para compreendê-lo com coerência e sensatez. Aplicar uma interpretação estritamente futurista ao livro do Apocalipse é cometer um erro básico de hermenêutica e desconsiderar a própria história do cristianismo.
O livro do Apocalipse foi escrito por João que registrou as visões que teve enquanto prisioneiro na Ilha de Patmos. Os destinatários primários do livro do Apocalipse foram as sete igrejas da Ásia Menor, atual região ocidental da Turquia. A sete igrejas eram: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia.
Naquela época havia muita perseguição sobre os cristãos. Na própria carta à igreja de Esmirna, no capítulo 2, é alertado que ainda mais perseguições haveriam de acontecer. Além disso, falsos mestres estavam ensinando heresias que minavam o entendimento de alguns e se alastravam entre crentes do primeiro século. Uma das principais heresias dessa época foi o Gnosticismo.
De modo geral, esses falsos ensinos tentavam aproximar o paganismo e o cristianismo. Combinado a tudo isto, ainda existia a perseguição física e moral por parte do Império Romano. Após a queda de Jerusalém, foi imposto o culto ao imperador. Com isso os oficiais romanos tentavam forçar todos os habitantes do império a adorar o próprio governante romano. Por isso muitos cristãos foram martirizados nesse período.
Foi em meio a esse cenário que Cristo deu a João uma série de revelações importantes para os cristãos de todas as épocas. Em Apocalipse 1:19 fica claro que a mensagem do livro do Apocalipse abrange não apenas os acontecimentos do primeiro século, mas também aqueles que ainda iriam ocorrer.
Basicamente a mensagem do livro do Apocalipse diz respeito a como Cristo está ciente das condições que os cristãos enfrentam nesse mundo. Então ele exorta os crentes a continuarem firmes, resistindo a todas as tentações e dificuldades, pois a vitória já foi garantida pelo próprio Jesus. Por isso, em breve Satanás será derrotado definitivamente e a Igreja reinará eternamente com Deus.
Dessa forma o conteúdo do livro do Apocalipse não ficou restrito apenas àquelas sete igrejas. Ele mostra o reinado de Deus sobre toda a História, culminando em um final triunfante em Cristo. Sem dúvida o livro do Apocalipse aborda o passado, presente e futuro.

Diferentes interpretações sobre o livro do Apocalipse

Basicamente existem quatro estilos de interpretação do livro do Apocalipse que são adotados pelos cristãos. São eles:
  • Preterista: diz que praticamente tudo o que está no livro do Apocalipse já se cumpriu. Isso teria acontecido principalmente na destruição de Jerusalém e na queda do Império Romano.
  • Historicista: diz que as revelações do livro do Apocalipse vão se cumprindo no decorrer da história da igreja até a segunda vinda de Cristo.
  • Idealista: diz que as revelações do livro do Apocalipse não descrevem eventos específicos, mas princípios espirituais que se aplicam a toda história da igreja.
  • Futurista: diz que praticamente tudo o que foi dito no Apocalipse ainda será cumprindo em um período final que antecede a volta de Cristo. Saiba mais sobre os métodos de interpretação do Apocalipse.
De acordo com as características e propósitos do livro do Apocalipse, a maneira mais coerente de interpretar o livro do Apocalipse é através de uma combinação dos quatro estilos de interpretação acima. Sob essa perspectiva, é correto dizer que muitas passagens do livro do Apocalipse possuem três aplicações; elas tratam de eventos específicos do século I, de acontecimentos que se deram ao longo da história da igreja e também fazem referência ao período de crise final que antecederá a segunda vinda de Cristo.

Posições a cerca do milênio no livro do Apocalipse

Outro ponto que é alvo de muita discussão no livro do Apocalipse é o reinado de Cristo durante mil anos conforme citado no capítulo 20. Sobre esse período, existem basicamente três interpretações:
  • Pré-Milenistas: defendem que esse período ocorrerá após a segunda vinda de Cristo. Quem pensa assim diz que Jesus reinará literalmente sobre a terra durante mil anos. Outros acreditam que os mil anos se referem simplesmente a um longo período de tempo. Dentro desse grupo há os pré-milenistas históricos e os pré-milenistas dispensacionalistas.
  • Pós-Milenistas: acreditam que o milênio se refere a um período final da História da Igreja na terra. Nesse período haverá paz e prosperidade sem igual. A maioria das pessoas será convertida através de uma evangelização global.
  • Amilenistas: entendem que o milênio é um reinado espiritual que ocorre com a Igreja na terra pregando o Evangelho e com os santos que já partiram e que reinam com Cristo no céu. Para os amilenistas esse período foi iniciado na primeira vinda de Cristo, onde Satanás teve seu poder limitado através da vitória de Cristo na crucificação e ressurreição. A maioria dos amilenistas também defende um período final de grande tribulação sobre a terra. Esse período acontecerá antes da segunda vinda de Cristo. Saiba mais sobre as diferentes correntes escatológicas.
É importante dizer que nenhuma das opiniões acima nega a volta de Cristo. Elas apenas discordam entre si da ordem cronológica dos eventos futuros. Seja como for, o importante é que todos concordam com três verdades principais: Cristo voltará; os ímpios serão julgados e condenados eternamente junto com Satanás e seus anjos; o povo de Deus viverá eternamente com Ele.

Diferentes leituras de Apocalipse:

Existem basicamente duas formas de leitura e organização do livro do Apocalipse. São elas: Leitura Progressiva e Leitura Recapitulativa (também conhecida como Paralelismo Progressivo).
A Leitura Progressiva (ou Sucessiva) organiza o conteúdo do livro do Apocalipse como eventos sucessivos e cronológicos. Já a Leitura Recapitulativa divide o conteúdo do livro do Apocalipse em seções que recapitulam os mesmos eventos. Isso significa que a mesma história é contada várias vezes. Mas em cada vez que a história é repetida, novos elementos e detalhes são adicionados de modo a intensificar a narrativa. Saiba mais sobre as leituras de recapitulação e sucessão.
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Esboço do livro do Apocalipse

O esboço do livro do Apocalipse pode sofrer diversas modificações dependendo do tipo de leitura adotado para organizar seu conteúdo. Mas abaixo deixamos uma sugestão de um esboço bastante simples e objetivo do livro de Apocalipse.
  1. Capítulos 1 a 3 – Prólogo e as cartas as sete igrejas: Cristo no meio dos sete castiçais.
  2. Capítulos 4 a 7 – Os sete selos: o início da série de visões celestiais.
  3. Capítulos 8 a 11 – As sete trombetas.
  4. Capítulos 12 a 14 – O nascimento de Cristo e o Dragão perseguidor: A mulher e o dragão.
  5. Capítulos 15 a 16 – As sete taças.
  6. Capítulos 17 a 19 – A queda da Babilônia e a punição sobre as Bestas.
  7. Capítulos 20 a 22 – O reino dos santos e o juízo final: inclui as exortações finais e o encerramento do livro.
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