Existe um movimento entre a nova geração chamado 'Eu Escolhi Esperar'. Como é legal ver jovens e adolescentes que decidiram se guardar sexualmente no meio de uma cultura imediatista, permeada por sexo e incentivadora da cultura do “matar o desejo”.
Mas infelizmente, quando se trata de casamento, o desafio não é só “esperar”. É preciso também trabalhar e amadurecer! O casamento e tudo que se vive nele, não depende só da espera. Tenho aconselhado muitos jovens que se casaram virgens, ou até namoraram com “corte”, mas que no primeiro ou segundo ano de casamento já estão buscando o divórcio. Os motivos maiores se encontram no coração egoísta de uma geração que vive a tirania da felicidade ou da realização pessoal e na postura de imaturidade em tudo que se refere a 'trabalho'.
A bíblia diz que casamento é coisa de gente grande, é preciso “deixar pai e mãe” para tornar-se “uma só carne”. Isso significa que é preciso ser minimamente maduro para se assumir um lar. Isso envolve maturidade emocional, espiritual e financeira.
Muitos jovens estão se casando sem cumprir os ciclos antes do casamento. São emocionalmente frágeis, espiritualmente perdidos e financeiramente desestruturados. O sábio disse: Termine primeiro o seu trabalho a céu aberto; deixe pronta a sua lavoura. Depois constitua família (Provérbios 24.27). Isso significa que preciso completar ciclos importantes da vida antes de casar, como pensar e trabalhar pelo sustento antes do casamento. Isso não significa ter muita grana, ser rico, mas é necessário o mínimo para deixar pai e mãe e assumir um lar. Muitos falam da “estabilidade” financeira, mas a palavra estabilidade significa firmeza, constância. Você pode ter estabilidade financeira ganhando pouco, isso depende da sua "firmeza" no lidar com as finanças, impulsos, desejos consumistas e criar um padrão simples, seguro para sua família, esposa e filhos.
O problema é que por serem imediatistas, egoístas e mimados, muitos jovens tem encontrado problemas no que se refere ao trabalho. Vivem em busca de fantasias e atalhos, um trabalho que “os realize pessoalmente” e que dê muito dinheiro com o mínimo esforço. Sua máxima é “faça o que você gosta e então nunca precisará trabalhar”. Isso é ridículo! Deveríamos dizer “Gostando ou não do que você faz, faça o melhor, dê o seu melhor”. O segredo do crescimento em qualquer área da vida tem a ver com dedicação, esforço, submissão e busca pela excelência. Não existem atalhos!
Precisamos entender que nenhum trabalho é insignificante e que, como disse Tim Keller, "todo e qualquer trabalho humano não é apenas uma tarefa, mas um serviço que prestamos ao próprio Deus". Vocação não é fazer o que nós gostamos, mas fazer aquilo que Deus nos chamou pra fazer! Pare de perguntar "o que Deus quer de mim?" e comece a dar o seu melhor onde você está! Entenda que Deus te colocou aí, e que através desse trabalho duro você está sendo trabalhado: “o trabalhador faz a coisa e a coisa faz o trabalhador”, disse Vinicius de Moraes. Trabalhar é bom e nos faz amadurecer!
Casamento também dá muito trabalho. Na busca pela felicidade muitas jovens hoje querem se casar, mas não querem ser esposas. Muito meninos querem se casar mas não querem assumir a responsabilidade de serem maridos, líderes espirituais, pastoreando suas esposas e filhos. Jovens que querem viver um grande amor, mas que não entendem que a química não basta, é preciso muito trabalho, dedicação e sacrifício. Esse é o problema, estamos diante de uma geração que tem dificuldade em “construir”, porque recebeu durante toda a vida as coisas prontas, de mão beijada. É uma geração que abre mão de qualquer coisa tão logo começa a doer ou exige renúncia. Trabalhar dá trabalho. Amar também dá trabalho.
É por isso que não basta esperar, é preciso trabalhar, amadurecer, amar e se submeter. É isso que Jesus nos ensina. Portanto, CRESÇA! Se você tem tido dificuldades, procure ajuda, procure um mentor. E entre nessa campanha também: Eu escolhi trabalhar!
Texto Original: Eu escolhi trabalhar
Autor: Tiago Mattes
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela participação e carinho.