O apóstolo Pedro, o maior líder da Igreja primitiva, afirma em sua Carta que haverá, sim, um fim de tudo isso que vivemos, mesmo que distante. O Dia do Juízo vira de fato. Parecia demorar nos dias de Noé, mas veio.
E parece demorar ainda hoje (o "hoje" dos ouvintes), mas, igualmente, com toda certeza virá (esta é a razão da comparação da perversão da época de Noé com o dilúvio)
E se não veio (e não veio ainda mesmo) é por causa da misericórdia de Deus, que dá chance para todos.
A pergunta da Carta de 2Pedro, capítulo 3 ainda é comum ainda hoje: se o Senhor disse que irá voltar, por que não volta logo? E já que ele não volta, muitos replicam, estamos livres para viver como quisermos.
A volta do Senhor, diz o autor, é certa e soberana. E ela não é determinada por nós, nem pela nossa agenda ou pelo nosso tempo.
É da exclusiva alçada de Deus. Mas sua demora tem um motivo central, e este nós precisamos saber: ele não volta porque nós não estamos nem prontos, nem preparados.
A agenda de Deus é salvífica: "Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2Pedro 3:9-14)
Cristo está sempre a esperar pela nossa conversão e pelo nosso enraizamento nos caminhos da obediência a ele.
Pedro, pois, convoca os seus leitores a uma vida marcada pela "paz, sem mácula e irrepreensível"
É muito reconfortante para quem reside na terra e sofre com as injustiças e as inúmeras manifestações do pecado e de toda espécie de maldades saber que Deus preparou um lugar onde habita plenamente a sua justiça.
"Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça" (2Pedro 3:13)
A Carta de 2Pedro é uma Carta profundamente cristológica em seu desafio para que os seus destinatários cresçam no conhecimento e na experiência da graça que reside em Cristo Jesus.
Nesse caminho de obediência, devem ter todo o cuidado possível para não desviarem outros nem se deixarem enredar por doutrinas e práticas que só colhem engano, destruição e se negam a afirmar o senhorio de Cristo Jesus, um senhorio que nos convida a adoração que reconhece que ele é: "A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno" (2Pedro 3:18)
Certa vez Billy Graham afirmou que o homem que mais admira no Antigo Testamento é Noé, "pois apesar de ninguém ter dado crédito a sua pregação por 120 longos anos, toda sua família foi salva".
Pr João Aparecido Rosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela participação e carinho.