Uma das melhores formas de conhecer uma pessoa é observando as suas atitudes. E, no caso de Isaque, filho de Abraão e Sara, a Palavra de Deus descreve sutilmente cenas em que ele teve ações e reações verdadeiramente surpreendentes e que demonstravam não só o seu caráter, mas também o temor com o Deus de seu pai.
Isaque é o filho da promessa. Assim é possível imaginar a responsabilidade que ele carregava desde a infância. Quem conhecia a história de seus pais já o olhava com outros olhos, enxergando-o como um verdadeiro milagre e, mais do que isso, que por meio dele uma grande nação se formaria.
Foi o Próprio Deus que escolheu o nome dele. “E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque (…).” (Gênesis 17.19). “Seu nome tinha sido escolhido um ano antes de ele ser concebido. Isaque significa ‘riso, alegria e gozo na alma’. O seu significado já exprime bem o que representaria o seu nascimento. Interessante notar que, em todo o registro bíblico, o Senhor deu nome apenas a três pessoas: Ismael, Isaque e Jesus”,
O próprio sacrifício
Abraão criou seu filho dentro do temor e do respeito que ele próprio tinha para com Deus. Dessa forma, sacrificar para o Senhor não deveria ser uma novidade para Isaque que, quando foi chamado por seu pai para subir ao Monte Moriá, não questionou: “Então falou Isaque a Abraão seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui meu filho! E ele disse: eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. E edificou Abraão ali um altar e pôs em ordem a lenha, e amarrou a Isaque seu filho, e deitou-o sobre o altar em cima da lenha”. (Gênesis 22. 7-9). É possível notar que Isaque seguiu as orientações de seu pai, se colocou à disposição, aceitou ser amarrado e entregue como um cordeiro e confiou naquela atitude.
Um homem de Fé
Por meio das cenas da novela Gênesis, exibida pela Record TV, será possível ver o jovem Isaque (Guilherme Dellorto) honrando e alegrando seus pais. Muito afetuoso e ligado à sua mãe, Sara, ele sente a dor de perdê-la. Depois da morte dela, Isaque se vê em uma situação difícil por não encontrar uma mulher que lhe seja adequada para tomar como esposa. Desta forma, ele mais uma vez confia na direção que Deus deu ao seu pai de ir buscar uma esposa entre sua parentela.
Sabendo que a mulher escolhida passaria a vida ao seu lado, Isaque poderia ter insistido para ir até a cidade, mas não foi isso que ele fez. Novamente ele prova seu respeito em relação ao seu pai e a sua confiança também em Deus. Isaque não tinha apenas aprendido sobre o Altíssimo, mas também desenvolveu o seu próprio relacionamento com Ele, como é mencionado em Gênesis 24.63: “E Isaque saíra para orar no campo, à tarde.” Inclusive foi neste momento que ele viu Rebeca (Bárbara França) pela primeira vez e a tomou, depois, por esposa.
Outro momento da vida de Isaque que mostra sua fé em Deus foi quando se deparou com a falta de filhos: “E Isaque orou insistentemente ao Senhor por sua mulher, porquanto era estéril; e o Senhor ouviu suas orações, e Rebeca sua mulher concebeu.” (Gênesis 25.21).
Espírito Manso
Após a morte de Sara, Abraão se casou novamente e teve outros filhos, mas tudo o que pertencia a ele foi entregue a Isaque. Contudo, durante o seu sepultamento, Isaque e o irmão Ismael – filho de Abraão com Agar – deixaram suas diferenças de lado e aparentemente se uniram em luto ao pai.
Não apenas com relação a Ismael, mas em diversas outras situações é possível notar que Isaque evitava confusões e não mantinha ressentimentos em seu coração por ter sido maltratado e até mesmo expulso, como aconteceu na terra de Gerar. Em um momento de fome em seu local de origem, Isaque foi até a região falar com Abimeleque, rei dos filisteus. Neste lugar, Deus falou com Isaque e o instruiu a permanecer no local e não descer para o Egito, como possivelmente estava em seus planos.
Em Gerar, Isaque se tornou tão próspero e poderoso que Abimeleque se amedrontou: “Aparta-te de nós; porque muito mais poderoso te tens feito do que nós.” (Gênesis 26.16). Acampado em Gerar, Isaque abria poços de água e logo em seguida via alguns pastores do vale discutirem com os pastores de seu rebanho pela água. No entanto, a situação, apesar de injusta, não tirou a paz de Isaque.
A personalidade pacificadora de Isaque mais uma vez foi testada quando o rei Abimeleque o procurou e lhe propôs uma aliança de paz.
Em razão de tudo o que tinha acontecido anteriormente, o natural seria que Isaque dissesse não ao rei, mas, mantendo o espírito de sacrifício, ele deixou de lado os sentimentos e aceitou firmar o acordo com o rei.
Podemos ver que Isaque realmente temia a Deus e desenvolveu seu caráter assim como seu pai. “E foram os dias de Isaque cento e oitenta anos. E Isaque expirou, e morreu, e foi recolhido ao seu povo, velho e farto de dias.” (Gênesis 35.28-29).
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