No Antigo Egito, as crenças sobre a vida após a morte envolviam um julgamento no tribunal de Osíris. O coração do falecido era pesado em uma balança contra a pena de Maat, a deusa da justiça. O coração simbolizava o caráter da pessoa e suas ações durante a vida. Se fosse mais leve que a pena, o falecido poderia entrar no Aaru, o paraíso egípcio. Se o coração fosse mais pesado, indicando culpa, o destino do falecido seria ter seu coração seria devorado por Ammit, que destruiria sua alma. Esse ato resultava na aniquilação eterna da pessoa, sem chance de vida após a morte.
Para tentar evitar essa condenação, os egípcios tinham um artifício: substituíam o coração do morto por um escaravelho de pedra. Diferente de um coração humano, que poderia revelar os pecados do falecido, o escaravelho era mudo. Ele não confessaria os pecados do morto e pesaria menos que a pena, permitindo que a pessoa passasse pelo julgamento sem ser condenada.
Os egípcios buscavam escapar do julgamento divino através de meios exteriores, tentando silenciar a verdade sobre suas vidas. Enquanto os egípcios dependiam de um coração de pedra para evitar a condenação, Deus nos oferece transformação real de dentro para fora.
Em Ezequiel 36:26-27, o Senhor nos promete:
"E vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; tirarei da vossa carne o coração de pedra e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis."
Diferente do escaravelho mudo que tenta esconder a verdade, o coração de carne que Deus nos dá não precisa temer o julgamento. Não precisamos esconder nossos erros, pois em Cristo encontramos perdão e transformação. Que possamos deixar para trás o coração de pedra e permitir que Deus nos dê um coração que bata por Ele, sensível à Sua voz e à Sua justiça, guiando-nos para a vida eterna. "Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus." Romanos 8:1 ❤
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